segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Rosa

Bendita a hora que tu foste embora, tenebrosa Rosa! Saiu com tua trouxa de vestidos vermelhos despetalados e tomou o primeiro cometa desgovernado que por nossa porta passou. Foi-se desgovernada, esvoaçante, desgovernar outras vidas que, desavisadas, encantaram-se com tua efêmera beleza. Ah, se conhecessem a Verdadeira Beleza!

Saiu com tanta pressa que nem sequer lembrou-se de trancar o cadeado. Deixou minha vida e meus pertences escancarados. Já pensou se o ladrão resolve visitar meu lar, desleixada Rosa? Há agora tantos ladrões por estes confins! Já pensou se roubam um dos meus vulcões?

E a pobre borboleta? Por que tu não te despediste dela, ó indiferente Rosa? A pobrezinha veio prosear contigo pela manhã, como faz de costume, e encontrou tua redoma vazia! Quase teve um passamento, a alada criatura. Nem tuas amizades tu valoriza, inimizada Rosa!

Ah, cruel vegetal, e se achas que, por ter se ido, deixou no meu peito um coração ferido, eu novamente te digo: Bendita a hora que tu foste embora! Pois agora irei reorganizar os sentimentos e sensações que estavam misturados nos caldeirões das tuas vontades. Vou reerguer o altar que estava no chão, utilizado para adubar o teu colchão, e colocar sobre ele a Verdadeira Razão do meu viver.

E se um dia eu te ver por aí, pretérita Rosa, te apresentarei Àquele que encontrei enquanto mergulhava nesta dolorida arte de transformar dor em Arte. Ele que me mostrou que não sou só um Pequeno. Sou um Príncipe, filho do Rei, filho do Pai!

3 comentários:

  1. Pequeno príncipe,
    lindo livro, relembro minha infância.
    e a frase que mais me impressionou no livro é aquela:
    "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
    pelo menos acho que é assim a frase...hehehe
    Deus lhe abençoe!

    andersonribeiro18.blogspot.com

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  2. eu gostei muito desse livro foi o melhor q eu ja li q deus abençoe

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  3. cuidado com suas plantaçoes de baobá

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