Vejo Deus na perna esticada da rã,
no canto açucarado da rolinha,
no cheiro florido do Cajueiro,
no bem gritado grito do bem-te-vi,
na sombra majestosa da Mangueira,
no piado esfomeado do gavião,
no branco da goma que vai virar tapioca,
no preto do café que pinta a xícara.
Ah, e se passar correndo um preá, Deus ali está!
Sangue de Assis corre em minhas veias.
Esse jeito franciscano de enxergar,
vendo a Beleza que há na natureza!
E que outro nome tem a Beleza senão Jesus?
O Todo Belo!
Rima que não se traduz,
versos singelos da Criação,
simplicidade que ao Céu me conduz.
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