sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Onisciência

Ah, Senhor, como eu queria ter ciência de todas as coisas! Ter o conhecimento de todos os fatos, de todos os atos, de todas as artes, de... Não! Não quero isso! Pois quem tem o conhecimento de tudo, conhece a fatídica hora da visita da morte. Pra quê ter no relógio esta hora marcada? A vida não seria vivida em momentos, em gotas, como deve ser! Ela estaria resumida a uma terrível contagem regressiva. Uma sucessão angustiante de segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, vidas. Sim, vidas! Pois eu também teria o conhecimento da hora da partida de todos aqueles que me cercam.

Diante desta constatação, mudo o discurso dizendo: Livrai-me, Senhor, da ciência de todas as coisas! Deixo esta sabedoria suprema a Vós, que é Supremo. Dá-me apenas o discernimento do que é bom e do que é ruim, para que, se for bom, que eu continue e, se for ruim, que eu desvie. Dá-me o conhecimento do que é pecado, pra que eu não venha a pecar. Dá-me o conhecimento do que é Graça, pra que eu não venha a me desgraçar. Eis a onisciência humana, tudo o que nós, Filhos Teus, precisamos. Saber o que é bom e saber o que é ruim. Isso basta. 

Atendei-me, Senhor! Amém!

2 comentários:

  1. Parabéns pela postagem!
    Deus lhe abençoe,
    andersonribeiro18.blogspot.com

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  2. Olá, Alexandre
    A falta da Graça é uma "des-graça"... Fez bem em mencioná-la...
    Abraços fraternos de paz

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