quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Lágrima












Lá no escuro,
Nas profundezas do íntimo,
Onde se enterram as lembranças esquecidas,
Uma Centelha piscou.

As comportas dos sentimentos abriram-se e,
Num turbilhão de hormônios e neurotransmissores,
O que piscou viajou
Até atingir o sentido que tudo vê.

Misturou-se a um suco de água,
Sais e outras humanidades e,
Com a força que veio,
Rompeu a represa das pálpebras.

Rolou então suave, doce,
No rosto marcado pelas ranhuras do tempo
Até que, num salto,
Lançou-se a terra,
Para nunca mais voltar,
A lágrima que um cristão chorou.

4 comentários:

  1. Essa profundidade humana que vivo e não me envergonho dela, é a parte mais bonita que temos, a liberdade de chorar o que o tempo nos marcou!
    Obrigada irmão por sua sensibilidade de escrever o que é verdade!

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  2. Parabéns pelo blog! E pelo talento... Lindas palavras! :)

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  3. Estou divulgando sempre o blog, Alexandre. Parabéns pelo seu dom. Ah e ter um comentário de Regina Andrade no seu blog, é um mérito viu? rs Abraços!

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  4. Obrigado, meu irmão, pelas palavras e pelo apoio! Nossa, agora fiquei tímido com o comentário da Rê! : )) Bendito seja Deus por todas as coisas!

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