domingo, 9 de janeiro de 2011

Poço











Oh, poço, querido poço
Por que teimo em te perseguir?
Quanto mais Jesus me tira,
Tanto mais insisto em cair.

Se ao menos tivesse água
Para minha sede aplacar.
Mas só tens tuas securas
Para minhas infelicidades saciar.

Ah, amigo poço,
Um dia tu irás ver:
Vou armar-me com uma pá
Para tua boca poder fechar.

Assim, de boca fechada,
Não poderás mais engolir
Este pobre, que tanto sofre,
Com os mergulhos que dá em ti.

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