Deita aqui, Menino, na palma da minha mão!
Tá cheia de palha seca de coqueiro, quentinha.
E na mamadeira tem água de coco bem docinha, pra tirar o amargo da Cruz.
Deita aqui pra eu ficar amanhecido.
Coisa boa é esse gostinho de dia que amanhece!
Deita e deixa de chorar, porque eu já deixei.
Deixei quando a rã começou a cantar por entre os caibros do telhado: crac-crac-crac.
Trombeta franciscana, anunciando a Boa Nova!
Igual rolinha cantando nos cajueiros: fogo-pagou-fogo-pagou.
Bem-te-vi, Menino!
Ainda bem que eu te vi!
Deita e dorme um sono santo, embalado pelo compasso do vai e vem da mão que te balança!
Balancemos! E ninemos o Menino desconsolado pelos desconsolos deste mundo!
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