Hoje resolvi procurar, nas gavetas do esquecimento, o documento que revela quem realmente sou.
Embrenhei-me, de posse de uma Lanterna, nos mais obscuros corredores da alma. Atravessei as pontes quebradiças da memória, escalei as muralhas intransponíveis da mente, lançando-me nos rios caudalosos do consciente até desembocar no profundo abismo do inconsciente. Tomei então uma longa escada que descia na direção do vazio. Um elevador seria mais apropriado? Não! É um caminho que se deve fazer caminhando, não deslizando. Chega de deslizes! Bastam os que nos esperam nas andanças da vida.
E lá no fundo, na parede mais profunda do meu ser, encontrei impresso com o mais puro sangue, o divino polegar do Pai, marca indelével da Mão Criadora. Registro irrevogável da minha condição de Filho.
- Nome do Pai: Pai.
- Nome da Mãe: Maria.
- Número de registro: Não importa, não sou um número!
- Assinatura: FILHO DO ALTO.
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