A estrela,
de tão cadente,
caiu.
Caíram também os seus dentes.
E sorriu.
Ficou banguela,
a branquela.
Nunca mais dor de dente sentiu.
Esqueceu-se das querelas.
Aprendeu a ver o lado bom
que há em todas as coisas.
Em todas as bocas,
com dentes
e sem dentes.
Até as com semidentes.
Semibocas.
Hoje vive feliz,
lá pras bandas da Lua,
comendo farinha seca,
usando dentadura.
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