segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O Telefone de Jesus

Do Gênesis ao Apocalipse
Da Criação à Revelação
Da Introdução à Conclusão
Livro por livro
Capítulo por capítulo
Versículo por versículo
Termino a leitura
Cansado e confuso
Sem encontrar aquele número
Que tanto procuro.

Nos Jardins, conversei com Adão
E com Noé, na sua embarcação
Na Caldéia, perguntei a Abraão
E a Isaac, após a sua salvação, de um punhal que o pai tinha na mão
Com Jacó não me foi permitido, pois chorava o filho perdido
E José, o menino perdido, encontrei-o no Egito, do faraó um protegido
Não pôde ajudar, pois tinha como missão, um sonho para interpretar
Com Moisés fui falar, mas o homem era gago e não quis demorar, pois estava em fuga com o seu povo, rumo ao Mar
Josué não me deu atenção, pois marchava com uma trombeta na mão, a fim de derrubar os muros de uma grande região
Lutei com Gedeão e com Sansão, a fim de arrancar-lhes uma simples informação, mas fui vencido pela coragem e pela força de crias de um leão
Recorri a Heli e a Samuel, mas o primeiro já havia morrido e o último estava esbaforido, em busca do rei escolhido
Saul, após sua coroação, me disse que perdera o número e com o Homem já não tinha comunicação
Davi, de menino minguado a guerreiro invejado, me deixou falando solitário, pois ao trono fora chamado
Salomão, com sua divina sabedoria, não deu sua opinião, pois ocupava-se com o grande templo, que estava em construção
Isaías, Ezequiel, Jeremias e Daniel, recorri, sem sucesso, àqueles que mais telefonavam para o Céu.

Então fui além e no Novo adentrei
Dei de cara com um tal Herodes e pra este não perguntei,
Pois andava à procura dAquele, do nosso Menino Rei
Encontrei os Três do Oriente, que também eram reis
Me indicaram uma estrela e seguiram sua partida
Pois de número não sabiam e sua missão fora cumprida
Pela Galiléia então vaguei
Cegos, prostitutas e cochos interroguei
Fiscais do imperador e até os empregados do rei
Os fariseus eu evitei, pois estes não davam valor
Aquele que é o nosso Salvador
Os Doze então encontrei
E nenhum deles me disse o que não sei
Os discursos de Pedro escutei
Com as cartas de Paulo me deparei
E nas visões de João finalmente cheguei.

Terminadas as sagradas escrituras
Recorri, em oração, à Mãe cheia de Graça e de Ternura
Pra perguntar, cheio de esperança, sobre o objeto da minha procura
A Mãe, com candura, me disse que de número não lembrava
Pois está sempre com o Filho e, por isso, pra Ele nunca telefonava.

Agora, desnorteado e sem ter a quem recorrer,
Cansado de ler e de tanto escrever
Dotado apenas da Fé que me conduz
E do Espírito que é a minha Luz
Humildemente pergunto a você:
Qual é o número do telefone de Jesus?

2 comentários:

  1. Aê, sabia que você não poderia ficar sem um Blog, não é meu irmão?
    Cara sou teu fã.
    Que Deus ilumine seus passos e te dê cada vez mais um coração inspirado.
    Louvado seja Deus por tua vida.

    Abração.

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  2. Rapaz eu tinha!
    Mas ele trocou de chip!euhehuehe
    Caramba Alexandre esse texto foi
    pancada!
    Fiquei nitidamente te imaginando no maior estilo
    "back to the future",só q no passado.=D
    Mt bom!

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