sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Andanças











O Sol nasce forte, majestoso.
O vento sopra rumo Leste.
E meu barco segue nesta direção.
Cheiro bom de mar.

Navego tanto para o Leste
Que alcanço o Oeste.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete...
Nem sei quantos mares atravesso.

Sem perceber, desenho a linha do Equador.
Terras médias, pequenas e grandes,
Lares, ruas e bares.
Muitas pessoas conheço:
Mocinhos e vilões,
Monstros e aberrações.
Espadas, escudos, canhões,
Guerra e Paz!
Ah, como é bom virar a página!

No mundo mundo vasto mundo drummondiano vou passando,
Clariciando as idéias,
Quintanando a alma,
Hasteando bandeiras manuelais,
Afernandando pessoais,
Viniciando as morais e o Moraes,
Até chegar as Minas da imaginação,
Ou quem sabe as Gerais adeliais,
Apanhando, com mãos secas, cacos de vitrais.

Entrando em clima de oração,
Me transporto a Terra Santa,
Santa Terra que encanta.
Terra de Maria e de José.
Terra de uma Cruz que se levanta
E de outras que declinam.
Terei eu vindo buscar a minha?
Não importa.
Basta o Jesus que me ama.

Leitura, Meditação, Oração, Contemplação,
Lectio divina e humana.
Sagradas escrituras,
Terrenas aventuras.

E depois de todas estas andanças,
Olho para o relógio e tomo um susto!
Fecho agora o livro e apago a luz.
Hora de dormir,
Amanhã tenho que acordar cedo.
Boa noite!

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