quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Ciranda (da Trindade)
No princípio de tudo, o Pai criou tudo
Inclusive nós, que achamos que somos tudo
E fazemos de tudo para termos tudo
Esquecendo-nos que somente o Pai é Tudo
E que tudo é do Pai.
Na plenitude dos tempos
O Pai, que é Tudo, nos enviou o seu Filho,
Que é Único, que é Tudo,
Pra nos mostrar que só o Pai é Tudo
E que o nosso tudo é nada, sem o Pai.
Nós, cheios de tudo,
Não reconhecemos o Filho,
Que é Pleno, que é Tudo,
Achando que Ele não fosse nada
E que nada poderia fazer por nós.
Ele, cheio de Tudo,
Fez-se um Nada,
Para nos ensinar
Que é preciso ser um nada
Para se chegar ao Tudo.
O Filho, sendo um Nada,
Entregou-se àqueles
Que se achavam um tudo,
Obedecendo a vontade do Tudo,
Para salvar a todos.
E como um Nada, morreu numa Cruz
No meio dos que não eram nada
E como um Tudo, venceu a morte
Ressuscitando e aparecendo aos poucos
Que O reconheceram como o Tudo.
Subiu aos Céus, está com o Pai
E enviou o seu Espírito,
Que é Santo, Que é Tudo,
Para nos ensinar a sermos santos,
Sendo nada, conquistando assim o Tudo.
E na nova plenitude dos tempos,
Quando o tudo virar nada,
O Filho voltará, com a Glória do Pai
Para assim pôr termo a esta Ciranda,
A Ciranda da Trindade,
Para outra Ciranda começar.
Ciranda, cirandinha, vamos todos cirandar...
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