quinta-feira, 26 de julho de 2012

Arfante

Caro senhor Doutor,
por favor ausculte 
o meu coração
ainda infante, 
e verifique se
há em meu peito
ainda alguma chance
de arfar com
seus pulmões
um tanto quanto
auriculantes,
ventriculados
pelas venosidades
da vida,
das veias,
dos ventos
congelantes.

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